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17 fevereiro 2010

Morreu de quê?


Zé: Bença, padre.
Padre: Deus o abençoe meu filho.
Zé: Padre, o sor lembra do Jão pintor?
Padre: É claro meu filho.
Zé: Pois é Padre, o Jão veio a falecê..
Padre: Que pena, morreu de quê?
Zé: Oia Padre, eu mor nu'a rua sem saída e minha casa é a úrtima. Ele desceu co carro e bateu nu mur lá di casa..
Padre: Coitado, morreu de acidente.
Zé: Não, ele bateu co' carro nu mur e vuô pela janela. Caiu dentro du meu quarto e
bateu a cabês nu meu guarda-roupa de madera.
Padre: Que pena, morreu de traumatismo craniano.
Zé: Não Padre, ele tentô si levantá pegan' na maçanê da porta que sortô e ele rolô iscada abaxo.
Padre: Coitado, morreu de fraturas múltiplas.
Zé: Não Padre, dipois de rolá iscada abaxo, deu uma trombada co'a geladera, qui caiu prucima dele.
Padre: Que tragédia, morreu esmagado.
Zé: Não, ele tentô si levantá e bateu as costa nu fogão que tombô, derramano a sopa qui tava ferveno incima dele.
Padre: Coitado, morreu queimado.
Zé: Não Padre, nu disispero saiu correno e bateu direto na cach di força.
Padre: Que pena, morreu eletrocutado.
Zé: Não Padre, morreu dispois d'eu dá dois tiros nele.
Padre: Filho, você matou o João?
Zé: Uai Padre, o fiduaégua tava distruíno a minha casa...

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